CURTAS: GRANBLUE FANTASY RELINK
Recentemente estive um pouco órfão de um bom jogo de ação.
Estava de olho no bem falado Tales of Arise, quando nosso querido amigo YouTube me recomendou um vídeo de "melhores action rpgs".
Na lista, bastante interessante, afinal, havia um título que me chamava a atenção: Granblue Fantasy: Relink.
E foi ai que tudo começou...
Logo de cara, aqueles efeitos piscando na tela, personagens de anime com traços extremamente exagerados, uma batalha alucinante cheia de coisinhas voando pra tudo quanto era lado - era tudo que eu queria!
Na realidade, nos últimos tempos, não tenho tido tanto tempo assim pra zerar jogos. Por isso, tenho buscado jogar os mais relevantes, ou mesmo os mais aclamados, até com objetivo de trazê-los aqui pro Baú.
Mas aquela freneticicidade bizarra que eu estava vislumbrando me encantou de vez.
Era muita pancadaria, bicho!
Granblue, na realidade, surgiu com um baita de um preconceito da minha parte.
Isso se deve ao fato da franquia ter surgido nos dispositivos móveis (vulgo smartphones).
E sim, os jogos anteriores são gatcha - aquele sisteminha nojento de caça-níquel que você torra toda a grana da sua mãe pra tentar pegar uma boneca de peito grande e ficar zoando o amiguinho que só tem boneco grátis.
Então, obviamente, eu esperava que esse jogo seria mais um clone genérico de Genshin -que não são poucos. Até porque não é incomum esses jogos virem ao PC.
Bem, meus caros leitores, eu estava redondamente enganado.
Não só o novo título da Cygames me surpreendeu: mais que isso, me fez crer que jogos de bonequinhos de anime podem sim ser bons.
Não me entendam mal, mas Genshin tem um baita potencial, assim como seus clones. Todos têm gráficos lindíssimos e alguns, inclusive, têm uma história, ou pelo menos um plano de fundo interessante.
O negócio de jogos como serviço que mata. Mas isso é papo pra outro dia.
Granblue me surpreendeu não só na qualidade gráfica, como em sua qualidade como um todo. Principalmente no quesito combate.
As lutas desse jogo são simplesmente insanas, absurdas, ah cara, já deu pra entender, né?
A grande parada desse jogo são os chefes, que são muito, mas assim, MUITO MESMO divertidos. O sistema de batalha consegue ser tão bom, que mesmo os chefes mais insanos, que você demora uns bons 20 ou 30 minutos pra derrotá-los, são tão divertidos que quando você termina, sente não um alívio, mas sim vontade de enfrentar ainda mais chefes em lutas insanas.
Estruturalmente, o jogo possui basicamente dois loops de gameplay: a campanha e o grind.
A campanha consiste em: cutscene, explorar nova área, matar uns minions, derrotar o boss, cutscene, explorar nova área...
A campanha é bastante ok, no sentido história. O plot é bastante simples e bem clichê: raptaram a garotinha indefesa, vamos lá salvá-la!
Bom, depois de salvá-la, raptam outro carinha e vamos lá salvá-lo yey \õ/
O grande problema é que o jogo presume que você já conhece aquele grupo de personagens. Ou seja, não existe um arco de desenvolvimento para cada um deles. Na verdade, a própria personalidade dos personagens mal é explorada. Tem alguns que mal possuem falas nas cutscenes.
Mas vamos do começo.
Nosso protagonista (que pode ser menino ou menina) é capitão(ã) da Grandcypher, um airship, um típico navio voador à lá Final Fantasy. Lyria, uma garotinha de cabelos azuis possui um elo muito forte com o(a) protagonista, de modo que suas vidas estão interligadas: se um morrer, o outro morre. Se um sofrer, (em tese) o outro sofre. Bem clichêzão mesmo.
Lyria, por sua vez, é uma jovem garota capaz de invocar Bahamut, uma besta primordial -e aí vemos algumas "semelhanças" com nosso tão amado FF.
Por conta desse poder, os seguidores da Igreja de Avia a capturam, com o objetivo de recolher o poder das quatro bestas primordiais e invocar a maior besta primordial (cof, cof, Naruto, cof, cof...)
Então, nosso amiguinhos partem com ajuda de Rolan (quinta séria alert) para enfrentar essa galerinha da pesada e salvarem sua tão querida amiga.
Em muitos aspectos, considero a história desse jogo bastante fraca, apesar do final descente.
No entanto, como dito antes, o desenvolvimento dos personagens é quase nulo, com exceção de alguns, como Id e Rolan, além da vilã.
Sabe-se, por exemplo, que Katalina possui uma certa ligação com Lyria, mas isso é mostrado apenas em um diálogo em uma cutscene no começo do jogo.
A impressão que passa é que os desenvolvedores não pensaram na possibilidade do sucesso do game, imaginando que quem iria jogar seriam apenas aqueles fãs anteriores da franquia, que já sabiam do plot daquele grupo.
Esse detalhe torna a história bem maçante, já que quase não há desenvolvimento, você simplesmente não sabe por qual motivo está ajudando o grupo, apenas vai lá e faz.
Além de tudo, muitos dos diálogos são realizados durante as missões. Ou seja, enquanto você dá a vida num combate frenético, cheio de luzes e breguisses de animes shounen, os personagens conversam normalmente, com a caixinha de diálogos mostrando as falas. Bom, não sei vocês, mas eu não falo japonês, o que torna bastante complicado acompanhar os diálogos apenas lendo-os.
Também existe a opção de dublagem em inglês, mas convenhamos, jogo japonês com as vozes em japonês fica outro nível.
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